Atire a primeira pedra quem nunca usou aquela vozinha infantilizada com palavras ditas de forma complemente enrolada que ninguém entende quase nada para interagir com um bebê ou criança pequena.
Quem é que resiste a um "tatibitati" quando vê um bebê, não é mesmo? E não tem problema nenhum usar essa linguagem para interagir com os bebês e crianças de vez em quando. O que não pode é falarmos com eles assim o tempo todo, uma vez que todo o seu desenvolvimento nesse momento crucial acontece baseado em observação e imitação.
É comum que algumas crianças apresentem dificuldades na aprendizagem da fala no período da primeira infância, e de acordo com fonoaudiólogos existem 3 principais causas:
Distúrbios de ordem neurológica - problemas vinculados a lesões do sistema nervoso central;
Disfunções musculoesqueléticas - problemas causados por deformidades ou alterações nas estruturas responsáveis pela produção da fala como músculos faciais, língua e outros;
Desvios fonológicos - prejuízos à fala que ocorrem sem nenhuma causa aparente visto que a criança apresenta total integridade neurológica e das estruturas responsáveis pela fala.
De acordo com os profissionais essa ultima causa está diretamente ligada ao meio em que a criança está inserida, ou seja, a forma como direcionamos esse aprendizado. Durante o período da primeira infância as crianças passam por diversos processos de aprendizagem, alguns mais complexos que outros e a fala é um desses processos que dependem de muito estímulo. Conversar com o seu bebê desde o seu nascimento é uma das formas mais eficazes e importantes de realizar esse estímulo e quando fazemos isso pronunciando palavras de forma errada como se fossemos crianças pequenas falando, este é o modelo que estarão recebendo e é ele que será tomado como referência. Isso acontece, por exemplo, quando são dados "apelidos" para pessoas e objetos que podem ter sido criados pela própria criança por não conseguir pronunciar a palavra de forma correta, mas que foi reforçado pelos adultos do seu convívio. Quem aí nunca viu uma criança chamando chupeta de "pepeta", cachorro de "auau", mamadeira de "dedeira" e por aí vai...
É claro que algumas palavras vão ficar marcadas e nós não conseguiremos corrigir, até mesmo por acharmos "fofo" a forma como a criança a pronuncia. O importante é não utilizarmos da fala infantilizada como a forma padrão de nos comunicarmos com nossas crianças para que esse não seja o exemplo a ser seguido.
Falar com bebês e crianças de forma correta e claro desde cedo é a chave para um bom desenvolvimento da sua fala e os frutos serão colhidos muito rápido. Uma criança que não consegue se fazer entender pode desenvolver comportamentos violentos, e quando isso se estende ao período escolar podemos também presenciar episódios de bullying.
Contudo se você toma esse cuidado e mesmo assim percebe que sua criança apresenta dificuldade em se comunicar numa fase em que já deveria estar usando as palavras de forma compreensível, é sempre importante procurar uma opinião profissional o quanto antes para que não haja maiores prejuízos ao seu desenvolvimento.
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